Durante todo o livro, o professor Gadotti fala sobre as competências e habilidades de um bom professor na atualidade. Compartilhe aqui as competências e habilidades que você conseguiu identificar durante a sua leitura:
Segue aqui uma lista das principais competências e habilidades de um bom professor na atualidade, a meu ver:
- Consciência e Sensibilidade: Adaptar-se às mudanças sociais e tecnológicas.
- Transformação do Conhecimento: Desenvolver pensamento crítico nos alunos.
- Inspiração e Motivação: Mostrar a relevância do aprendizado.
- Adaptação e Flexibilidade: Integrar novas tecnologias e métodos.
- Resiliência: Manter paixão pela educação apesar dos desafios.
- Comunicação Eficaz: Explicar conceitos de forma acessível.
- Empatia: Apoiar emocionalmente os alunos.
- Justiça Social e Sustentabilidade: Promover temas sociais no currículo.
- Inovação e Criatividade: Estimular curiosidade com projetos criativos.
- Desenvolvimento Contínuo: Buscar autoavaliação e formação contínua.
Minhas maiores dificuldades sobre elas são:
- Desenvolver pensamento crítico nos alunos - a maioria não consegue desenrolar conversas profundas sobre temas cotidianos (detalhe: a faixa etária com a qual trabalho vai de 25 a 65 anos).
- Integrar novas tecnologias e métodos - pois a maioria deles ainda tem receio de algumas ferramentas básicas de tecnologia e poucos se sentem confortáveis para usar recursos básicos como ferramentas do Google, por exemplo,
- Empatia - não me sinto preparada emocionalmente para atender às demandas de alguns alunos que usam das aulas particulares como sessões de terapia. Isso me deixa extremamente cansada, porém já estou melhorando a minha habilidade de reconhecer esse perfil de aluno e tentar não optar por ele.
- Inovação e criatividade - a maioria dos meus alunos tem pouco conhecimento e interesse sobre essas áreas, o que dificulta o meu trabalho às vezes, pois tenho que proporcionar tudo além de ensinar.
- Desenvolvimento contínuo - apesar de termos acesso a cursos de alta qualidade na internet, sinto falta de encontros pessoais como na sala dos professores, treinamentos, conferências e workshops onde podemos aprender uns com os outros trocando experiências e conhecimento.
Eu entendo bem as tuas dificuldades, Cinthia! Todas essas competências e habilidades são essenciais no nosso dia a dia como professores e as tuas dificuldades também são a da maioria dos professores, eu acho.
Contudo, também sinto em muitos de nós professores, uma busca incessante pela superação. Queremos fazer tudo ao mesmo tempo e “transformar a vida dos nossos alunos através da educação”. Esse é o propósito da maioria dos professores com quem eu converso e por isso, queremos sempre ir muito além do a nossa profissão demanda, assumindo papéis que não são nossos.
Por isso, pensa comigo:
- desenvolver o pensamento crítico dos alunos pode começar pela pesquisa de informações, seleção de manchetes e textos curtos onde eles possam refletir sobre as suas próprias escolhas de fontes e de informações.
- a integração de novas tecnologias pode ser feita durante as aulas, sob a tua orientação para que eles se sintam mais seguros (a insegurança no uso de uma plataforma ou ferramenta acontece pela falta de conhecimento do seu funcionamento e o que parece até óbvio para uns, não é para outros _ eu diria que aqui entra a empatia 😊)
- nós não precisamos assumir o papel de terapeutas nas nossas aulas e a empatia pode ser tão simples quanto adaptar conteúdo e ferramentas ao contexto e às verdadeiras necessidades dos alunos. As vezes, também passa por tematizar problemas reais, claro. Mas esse não é o foco quando se fala em empatia.
- é nessa troca que o conhecimento realmente acontece, não é mesmo? Por isso, além da formação continuada, precisamos procurar comunidades de prática com ambientes propícios para essas trocas. Este espaço é uma tentativa e o Clube Digital sem Mistérios do qual tu fazes parte, também 😊
Ações simples podem influenciar positivamente a vida dos nossos alunos quando buscamos criar um ambiente de fértil de aprendizagem com a segurança que eles precisam para ir além e “sair da zona de conforto” mesmo que em pequenos passos, não achas?
Escolhi o capítulo 4: Ser professor na sociedade aprendente
Moacir Gadotti destaca várias competências e habilidades essenciais para um bom professor na atualidade, tais como:
- Competência técnica: conhecimento profundo da matéria que leciona.
- Empatia e sensibilidade: capacidade de entender e se conectar com os alunos.
- Gestão de sala de aula: habilidade de manter um ambiente de aprendizado eficaz.
- Atualização constante: busca contínua por novos conhecimentos e metodologias.
- Comunicação clara: habilidade de transmitir informações de maneira compreensível.
- Ética e responsabilidade: compromisso com valores éticos na educação.
- Capacidade de criar espaços de aprendizagem: desenvolver ambientes que incentivem a aprendizagem autônoma.
Para mim, o professor de hoje deve ser um mediador do conhecimento, um aprendiz permanente e um organizador do trabalho do aluno. Ele deve conseguir despertar o desejo de aprender e de colaborar efetivamente com seus alunos, colegas e a comunidade escolar.
Com as novas tecnologias e a constatação que a aprendizagem agora, ocorre em todo lugar e que todo tempo é tempo de aprender, isso requer dos professores, instrumentalização para o novo, ampliação de conhecimentos, alinhamento com as novas tecnologias, busca de recursos, resumindo: abertura às novas experiências, curiosidade e criatividade.
Isso por que, ser professor na atualidade é saber, como diz Gadotti: “ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer sínteses e elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a prática; ser aprendiz autônomo e a distância.”
Sai o professor detentor do conhecimento, entra o professor mediador. O aluno agora é o protagonista, sujeito da sua própria formação.
Na minha área de ensino para profissionais eu destaco:
1. Conhecimento Profundo do Conteúdo - considerando a facilidade de se obter informação em quantidade, mas não em qualidade pela internet atualmente, o professor precisa ter um domínio profundo do conteúdo que ensina e manter-se atualizado com as últimas pesquisas.
2 - Habilidades Tecnológicas: é crucial o professor de hoje ter proficiência em tecnologia: saber utilizar as plataformas educacionais; utilizar ferramentas que facilitem o aprendizado e a criação de aulas e programas, além de ensinar e promover o uso responsável e crítico da tecnologia entre os alunos.
3- Clareza, efetividade, e praticar a escuta ativa: ouvir e responder às necessidades dos alunos com rapidez, tanto verbalmente quanto por escrito.
4 - Competências socioemocionais, desenvolvimento profissional contínuo, autoavaliação frequnte, entre outras.
Ser professor hoje significa desempenhar
múltiplos papéis em um ambiente em constante transformação
Isso me faz pensar no quanto se espera de um professor. Alguns de nós, como eu, fomos formados em outra época e exister muita dificuldade em implementar essas competências. Não me considero resistente, sou até bastante aberta a desenvolver essas competências, mas há momentos em que parece que precisamos resolver certos problemas antes. O Brasil é gigantesco e não há como generalizar nossa situação, vejo com muita alegria trabalhos sérios, que trazem resultados na educação e vejo locais em que há tanto descaso. De forma que essa discussão sobre as competências, apesar de parecer atrasada, em alguns momentos, ainda parece distante. Atualmente considero como essenciais para os professores, flexibilidade, mente aberta, curiosidade, mas principalmente jogo de cintura para lidar com os problemas de hoje.
Concordo, Elisiany!
Trabalho com universitários (desde os 18 até mais de 60) e os mais jovens chegam com diversas deficiências em termos de conteúdo e sequer sabem estudar. Acreditam que o aprendizado se dá apenas pela frequência em aulas. Precisamos desenvolver competências e habilidades sim, mas conscientizar os alunos que eles também precisam desenvolver isso.
Olá, colegas!
Acho que a lista da Cínthia traz todas as competências e habilidades que deveríamos e que certamente gostaríamos de ter.
Particularmente, creio que todos nós aqui buscamos nos desenvolver. O próprio fato de participarmos aqui do curso, já mostra isso. Em meio a todo essa nossa busca, há desafios. Um desafio específico que enfrento como professor de inglês na universidade é lidar com alunos que chegam ao ensino superior com lacunas significativas em sua formação básica. Não é incomum encontrar estudantes com dificuldades não apenas em inglês, mas também em disciplinas fundamentais como matemática e em habilidades essenciais como interpretação de texto e escrita.
Muitos desses alunos parecem não ter desenvolvido hábitos de estudo eficazes durante o ensino médio. Há uma expectativa equivocada de que apenas comparecer às aulas e ouvir o professor seja suficiente para aprender, sem a necessidade de esforço adicional ou estudo independente. Além disso, muitos têm dificuldade em cumprir prazos e lidar com as exigências do ambiente acadêmico.
Para enfrentar esse desafio, tenho adotado algumas estratégias:
- Implementei um sistema de avaliação diagnóstica no início do semestre para identificar as principais lacunas de conhecimento.
- Desenvolvi materiais de apoio e atividades extras para ajudar os alunos a superar essas deficiências.
- Dedico tempo para ensinar técnicas de estudo e gestão do tempo, além do conteúdo da disciplina.
- Utilizo abordagens de ensino mais interativas e baseadas em projetos, que exigem participação ativa dos alunos.
- Mantenho uma comunicação clara sobre expectativas e prazos, explicando a importância dessas habilidades para o sucesso acadêmico e profissional.
Embora seja um processo desafiador e por vezes frustrante, tenho observado melhorias graduais. Lentas, mas graduais. É um lembrete constante de que nosso papel como educadores vai além do ensino de conteúdos específicos - estamos também ajudando a formar hábitos e atitudes essenciais para o aprendizado ao longo da vida.
Sei que a pergunta era a respeito de competências e habilidades de um bom professor na atualidade, mas é um trabalho de via dupla. Não adianta ser o melhor professor do mundo se você trabalha com pessoas que não estão com vontade de aprender.
Concordo contigo, Renata! Nosso papel vai muito além de “passar o conteúdo” e por isso a necessidade de desenvolver outras competências (como essa comunicação clara).
Eu ficou muito feliz em formar um grupo tão interessante de pessoas nesse movimento 😊
Ler isso me fez lembrar de algumas situações. Gosto muito do método de aprendizado baseado em projetos, e recentemente conheci o método Understanding By Design, que nunca tinha ouvido falar, e trouxe muito significado pra mim.
Lembro da época de escola, onde tive um professor de matemática que explicava a matemática por si só... e isso não despertava nenhum interesse nos alunos, nem em mim (e olha que hoje eu admiro muito a matemática). Mas depois tive um professor que usava casos e desenhos para explicar as fórmulas e como elas explicavam as coisas, e aí a matemática começou a fazer todo sentido pra mim. O mesmo já vi acontecer com aulas de física, onde uma professora só passava fórmulas e conceitos na lousa, e os alunos não viam nada além disso, enquanto outro professor trazia para suas aulas materiais e equipamentos afim de materializar aquele conhecimento para os alunos, e assim a física ficava legal.
Aqui está o "sentido" do qual nos fala o professor Gadotii, né?
Muitas das competências que acredito serem essenciais já foram citadas aqui:
Visão Crítica: Desenvolver pensamento crítico nos alunos.
Inspiração e Motivação: Mostrar a relevância do aprendizado.
Adaptação e Flexibilidade: Integrar novas tecnologias e métodos, além do Letramento Digital, e a necessidade de aprender a pesquisar e contextualizar.
Resiliência: Manter paixão pela educação apesar dos desafios, juntamente com Gestão de Ansiedade, devido a pressão que os professores carregam diariamente.
Comunicação Clara e Eficaz: Transmitir informações de maneira compreensível.
Aqui eu acrescento também Comunicação Digital, porque hoje temos muitos meios de comunicação e em cada um deles as pessoas se comunicam de jeitos diferentes, o modo que falamos no WhatsApp não é o mesmo tom que usamos no LinkedIn, no e-mail ou no Portal do Aluno.
Empatia: Apoiar emocionalmente não só os alunos, mas também os colegas de trabalho (na instituição que faço parte muitas pessoas sofrem pela falta de letramento digital e dificuldade em gerir suas demandas).
Justiça Social e Sustentabilidade: Promover temas sociais no currículo.
Inovação e Criatividade: Estimular curiosidade com projetos criativos e adaptar-se às mudanças sociais e tecnológicas.
Autogestão e Desenvolvimento Contínuo: Nunca deixar de ser aprendiz e sempre buscar ampliar sua percepção de mundo, se mantendo sempre atualizado com as inovações tecnológicas cabíveis.
Gestão de Tempo, Projetos e Tarefas: Em um ambiente de aprendizagem autônoma, cabem ao professor as capacidades de gestão enquanto mentor da sala.
Juntamente com isso acrescento Organização e Resolução de Problemas, principalmente em ambientes de aprendizado baseado em desafios ou projetos.
Domínio Técnico: Conhecimento profundo da matéria que leciona e de metodologias de ensino.
Gestão de sala de aula: Habilidade de manter um ambiente de aprendizado eficaz, estimulante, autônomo e acolhedor.
Ética e Responsabilidade: Compromisso com valores éticos na educação.
Caio, gostei muito da tua visão de gestão de sala de aula: (habilidade de manter um ambiente de aprendizado eficaz, estimulante, autônomo e acolhedor) pois muitas pessoas ainda vêem essa competência como uma forma de controle da sala de aula.
Eu gostei muito das abordagens dos colegas, principalmente dos tópicos da Cintia e do Genivaldo. Então, não vou ser repetitiva.
Eu amei as colocações do livro, das quais destaco:
1- Educar para pensar globalmente,
2- Educar os sentimentos,
3- Ensinar a identidade terrena,
4- Formar para a consciência planetária,
5- Formar para a compreensão,
6- Educar para a simplicidade voluntária e para a quietude.
Dependendo do público e do tema que somos contratados para dar aulas, essas abordagens ficam difíceis de serem inseridas. Quando dou aula no lato sensu de acupuntura, tenho um tema e 3 horas para abordá-lo. É um tempo justíssimo de apertado para ensinar um conteúdo técnico. Não há muito espaço para criar.
Mas, nos meus cursos presenciais de fitoterapia, estes temas são inseridos intuitivamente, pois a aula fica mais agradável, todos se sentem acolhidos e forma-se um grupo bem integrado à vontade de aprender.
Aqui na Juréia, estou tentando convencer a asssociação de moradores a criar uma horta comunitária de ervas medicinais, colocar as crianças da escola pública e os velhinhos do grupo da terceira idade para cuidar delas. Estou gravando pequenos áudios sobre o uso correto das ervas medicinais e a forma correta de utilizá-las e o pessoal da radio web comunitária veicula uma erva por mês. De vez em quando faço uma palestra gratuita na sede da Associação de moradores. Quem sabe consiga convencer o pessoal do postinho de saúde a integrar esse sonho. Nesse projeto movido por amor eu acredito estar juntando estes tópicos do livro.
Já nos cursos online, que não tenho ainda nenhum pronto, e de onde espero ter minha renda, ainda é um espaço a espera de ideias.
1 - Educar para pensar globalmente
2 - Educar os sentidos
3 - Ensinar a identidade terrena
4 - Formar para a consciência planetária.
5 - Formar para a compreenssão.
6 - Educar para a simplicidade.
Para mim o importante é:
1 - Conhecimento e persistência para continuar a aprender.
2 - Humanidade para colocar o conhecimento em ação em prol de seus alunos e das pessoas.
3 - Clareza de valores para nortear seus caminhos e em momentos de dúvida.
4 - Saber comunicar-se de forma não violenta.
5 - Flexibilidade e capacidade de adaptação.
As respostas dos colegas são excelentes. Em todos os capítulos o autor cita habilidades e competências, e embora se assemelhe com o que foi dito, vou citar as competências e habilidades de acordo com o capítulo 5.
- Domínio do conhecimento e do contexto social, político, econômico e histórico do que ele ensina, facilitando "fazer sentido" para o aluno.
- Habilidade de gerir, de mediar, de construir sentido para o conhecimento.
- Ser um aprendiz permanente.
- Desenvolver habilidades de colaboração, comunicação, pesquisa e pensamento. "... habilidades de colaboração (trabalho em grupo, interdisciplinaridade), de comunicação (saber falar, seduzir, escrever bem, ler muito), de pesquisa (explorar novas hipóteses, duvidar, criticar) e de pensamento (saber tomar decisões)."
-Habilidade de mobilizar o desejo de aprender, de ser inspiração. Gostar de aprender, ter prazer em ensinar, amar o aprendente.
- Comprometimento e competência ética.
- Habilidade de promover o encantamento e a Emoção.
- Ter pensamento crítico.